segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Perdão

Lembro-me como se fosse ontem aquela promessa que te fiz com tanta devoção. Prometi cuidar de vosso filho, incentivá-lo à coisas boas, apoiá-lo e ajudá-lo à alcançar seus objetivos, não permitir que qualquer sentimento de tristeza ousasse chegar perto do seu coração, estar sempre disposta e por perto para ouvi-lo e aconselhá-lo sempre que precisasse, prometi fazer de vosso filho um homem digno e sem influências. Vós sabes o quanto lutei para cumpri-la, vós sabes todas as coisas que passei por cima e enfrentei para estar ao lado do próprio, vós sabes a confiança que perdi, as inúmeras famas que ganhei. Vós sabes o quanto lutei para cumpri-la. Sabes também os imensos erros de teu filho que perdoei e fingi não ver, sabes o amor que à ele nunca deixei faltar, sabes a confiança que nele depositei e sabes acima de tudo o quanto sofri e sofro pelo próprio, todas as lágrimas que por ele ainda derramo, o quanto ele disperdiçou tudo aquilo que dei, que prometi e cumpri, tudo aquilo que doei ao próprio e pelo próprio. Não venho aqui para julgá-lo, muito menos desejá-lo mal, venho pedir-lhe perdão por mesmo tendo tentado de inúmeras formas cumprir a promessa que fiz diante de ti, em teu nome, falhei! Não fui forte o bastante e só eu sei o quanto me envergonho disto! Imagino-te agora pensar que talvez eu não fosse a pessoa certa para isso, ou que simplesmente não tenho capacidade suficiente para honrar tua memória colocando teu filho num melhor caminho. Peço-te perdão, saiba que mesmo sem ter conhecido-lhe sinto um apreço imenso por vós e imagino o tamanho do orgulho que teu filho tem de ti. Volto a pedir-lhe perdão, não sabes o quanto me deixa mal saber que vacilei diante de vós. Espero de verdade que teu filho encontre a verdadeira felicidade no amor de Cristo e de boas influências, que ele se afaste e não ouse se aproximar de pessoas que queiram o ver decair, que ele seja mais humilde, menos orgulhoso, menos materialista, que ele aprenda a ver que a futilidade que ele tanto preza não o levará a lugar algum, que um dia (mesmo que demore a chegar) ele reconheça que jamais quis o mal do próprio e perceba o quanto eu continuo o querendo bem. Amém!

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